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Procurei os meus versos na alma do tempo
Vagavam imersos
Ao relento...
Apanhei-os, zelosa a contento
Escapou-me das mãos o primeiro
Que caíra em lago lodoso
Emergindo em branca luminosa
Flor de Lótus...
Ao sopro da brisa matinal
Percebia no semblante cristal
Minúscula gota orvalhada
Chorosa madrugada...
Escorrera o sonho à deriva
E perdido no espaço o encanto,
Revertido trilhar, pus-me aos prantos
Desejosa de encontrar a “diva”
“- Onde estás, poesia, escondida?
- Para onde foram os meus versos? ”
Corria ansiosa, corria...
Um tropeço, defronte um pregresso
Uma folha caída!
E, quebrando o silêncio em pauta
Uma voz sussurrante dizia:
"Pega a gota cristal e lapida
Põe o verso na palma da mão
Deixa o vento soprar pela vida
Desse instante que busca guarida
Colhe toda a doçura no colo
A que esteve algum dia sem rumo
Põe na voz, maviosa melodia
Abre o teu coração!”
Graça Campos, 28/10/2010.
CAMPOS, Graça. Poema. À PROCURA DOS VERSOS.
Olá Graça! O talento é de família então! Gosto muito dos seus blog e dos dela também. A Karina é uma pessoa muito meiga, adorei conhecê-la... quem sabe um dia eu volto à BH para vê-las! Grande beijo
ResponderExcluirCarmen